“Navegação à vista”: A intervenção do Governo nos ACEEP’s

Camaradas,

Para quem não sabe, a “Navegação à vista” é uma forma de seguir rotas marítimas de acordo com as circunstâncias, sem ciência e sem risco de maior.

O que pretendemos é deixar, por analogia, a mensagem de que o actual Governo  usa o método de “navegação à vista”, pois, umas vezes diz que é “assim” para, na semana seguinte, afirmar que é “assado” e, neste vai e vem de critérios, ninguém se entende ou entende a governação.

É um Governo sem a grandeza dos marinheiros que outrora deram “novos mundos ao mundo”, pois “esses arriscavam e venciam as forças desconhecidas e incontroláveis da Natureza, enquanto ele se limita a fazer jogos de cálculo que se mostram errados ao fim de poucos dias, poucas semanas, poucos meses. E nisto, toca de pedir sacrifícios incontáveis à tripulação desta “nau” que, não percebendo o rumo, não compreende a vontade do “piloto”. Não foram raros os casos de revolta das tripulações dos navios mal governados e, muitas vezes, foram borda fora os capitães representantes da autoridade real por terem perdido a legitimidade do comando, tornando-se em meros tiranetes sobre gente que preferia arrostar com castigos pesados a ter de soçobrar às mãos de quem a não sabia conduzir ao porto seguro.

Fomos informados através de Nota de imprensa do Gabinete da Ministra de Estado e das Finanças, datada de 10 de Fevereiro, de que o Governo irá perguntar ao Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República, que intervenção terá em termos da homologação dos Acordos Colectivos assinados entre a Administração Local e o STAL.

O pedido denota algum desespero por parte dos membros deste governo que, nas vésperas de nova visita da troika e na ânsia de ficarem bem na fotografia, procuram por todos os meios passar uma ideia de que o assunto poderá ser protelado e contornado de outra forma.

Tal como referimos noutras ocasiões, perante um governo PSD/CDS que não hesita em procurar caminhos ilegais, que não cumpre com a Lei Fundamental do país, nem os acórdãos do Tribunal Constitucional, nem as Leis em vigor ou princípio de autonomia do poder local, exige-se aos trabalhadores firme determinação para nas ruas obrigarmos este governo à demissão.

 

 

 

 

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